A nossa Noite de Natal
30.12.13, Paula Veiga Claro
Quem tem fotógrafos na família sabe como é chato ter alguém por perto viciado em registar tudo como se o mundo terminasse amanhã. Eu sei que sou chata, eu sei que tenho que me controlar para não passar a vida de Nikon em punho mas não há nada que me dê maior prazer que registar para a posteridade aquilo que mais gosto de ver e sentir. Adoro a sensação de olhar para as fotos e recordar infinitamente cada momento, cada expressão, cada olhar.
O ano passado foi assim mas este ano o mau tempo não me permitiu dar a voltinha da praxe. No dia 24 à tarde, gosto sempre de dar um passeio a pé pela cidade ou pelo campo para ver o que há de novo pelo meu Alentejo. Mas este ano o tempo esteve para lá de pavoroso e nem consegui meter o nariz fora de casa sob pena de ir pelos ares com o temporal medonho. A luz chegou a tremer várias vezes e por momentos ainda pensei que, o mais provável, era passar a Consoada à luz da vela (o que aconteceu em muitos pontos do país!). Felizmente a luz aguentou-se e as velas só serviram para dar aquele ambiente cosy que adoro ;-)
A modos que este ano, pela primeira vez, após a morte dos meus avós paternos, passámos o Natal na casa de campo que os meus pais recuperaram e fizeram questão de manter o mais tradicional e simples possível. Um refúgio familiar, uma casa cheia de recordações e muitas histórias para contar.
A Rafaela não se aguentava de eufórica! Passou o dia a perguntar se ainda faltava muito para o Pai Natal chegar e preocupada pois temia que ele se queimasse na lareira ao descer a chaminé. Por isso mesmo, para evitar acidentes domésticos, optámos por abrir a porta para facilitar a vida ao velhote das barbas brancas que é mesmo um corajoso!! Ahh pois é! Nem a tempestade o impediu de fazer o seu trabalho como deve ser ;-)
Enquanto o Pai Natal não chegou, a nossa princesa lá se entreteve, a muito custo, com o amigo mocho, a contar moedas (quando for grande quer ser rica e adora ir às moedas do avô escolher as maiores para a sua "fortuna" pessoal mas cheira-me que assim não vai longe!), a petiscar bombons, a servir de modelo para a mamã babada e a subir as escadas cinquenta vezes para ver se o trenó pairava pelos céus...
Antes de jantar, a euforia misturou-se com o sono e deu lugar a uma grande impaciência. A bicharoca fofinha já não se calava com o Pai Natal e na sua cabeça já só se ouviam renas e guizos! Coisinha mais querida da mamã! Santa e deliciosa inocência!
A impaciência total!!!!! Mas quando é que chega o Pai Natal???? Ainda falta muito??? Será que ele se esqueceu de mim? Eu portei-me bem, não portei? Ele não se vai esquecer de mim, pois não?
E depois de jantar, lá pelas 22h00 e pouco (para não inquietar mais a pobre criança!) lá começou a correria pela casa. Ouviram-se os guizos e foi a coisa mais querida de se ver! Lá andava ela, escada acima, escada abaixo, a correr de janela em janela em busca do trenó. Mas o Pai Natal foi super rápido e quando chegou à sala já as prendas estavam deixado da árvore. Ainda bem que deixei a porta aberta pois assim nem precisou de descer pela chaminé e nem se queimou na lareira ;-)
Este ano ainda conseguimos manter a magia, apesar das perguntas e das dúvidas crescentes... espero que se mantenha por mais um ano pois um Natal assim tem mesmo outro encanto ♥

Rafaela: Poncho feito à mão comprado na Nazaré / Vestido La Redoute / Camisa Metro Kids
Casaco Patrícia Mendiluce
Angel♥Luzinha Fotografia
Trabalhos realizados no local selecionado pelo cliente ou em estúdio
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